quinta-feira, 4 de julho de 2013

UROLITÍASE OU CÁLCULO URINÁRIO EM COELHOS



O alto teor de cálcio, normal na urina do coelho, bem como a grande quantidade de cristais, predispõe esta espécie á urolitíase. A etiologia não está bem determinada, mas a causa parece ser mais metábólica que infecciosa. Em geral, os coelhos que apresentam urolitíases ou hipercalciúria são obesos, sedentários, alimentados á vontade com ração, e frequentemente com história prévia de terem recebido suplementos vitamínicos e minerais. O uso abusivo de dieta seca muito rica em cálcio, o baixo consumo de água e inflamação crônica das vias urinárias são as causas mais incriminadas na ocorrência da doença.
SINTOMAS:
Os cálculos são, em sua maioria, vesicais, embora possam ser constatados em todo o trato urinário. A urolitíase se manifesta por polaquiúria, disúria e até mesmo anúria. O períneo quase sempre apresenta sujidades por urina. A hematúria, em geral presente, pode ser diferenciada de uma pigmentação por porfirinas procedendo-se á sedimentação urinária. Quando há dor, o coelho fica prostrado, inapetente, com o dorso arqueado e pode apresentar dilatação abdominal. Nos casos de obstrução uretral, pode-se palpar a esfera vesical.
DIAGNÓSTICO:
A radiografia é o exame de escolha e permite, de modo geral, visualizar os cálculos vesicais. Pode ser difícil distinguir entre cálculo renal, mineralização renal e nefrocalcinose.
TRATAMENTO:
O tratamento de urolitíase é cirúrgico.
PROFILAXIA:
Para evitar recidiva, pode-se favorecer a diurese fornecendo ao animal menos quantidade de ração, dando-se preferência aos alimentos menos secos, como verduras frescas. É necessário também limitar o consumo de alfafa (rica em cálcio).

domingo, 29 de julho de 2012

ABSCESSO AURICULAR EM TARTARUGAS




Um abscesso caseoso, apresentando-se como um inchaço, geralmente grande, sob a membrana timpânica na lateral da cabeça. Pode ocorrer bilateralmente e é muitas vezes visto em tartarugas de caixa (silvestres) ou tartarugas de orelha vermelha (criadas como animais de estimação). Há alguma evidencia de que esses abscessos podem ser causados por hipovitaminose A e também por falta de higiene no aquário. Em tartarugas silvestres sua ocorrência pode também estar associada á exposição a organofosforados. Esta doença é extremamente comum. Os diagnósticos diferenciais  incluem neoplasia e outros granulomas. O tratamento consiste na remoção cirúrgica através de lancetamento da membrana timpânica. É importante remover aproximadamente 50% do tímpano de modo a deixar uma abertura larga, através da qual seja possível lavar o local do abscesso com uma solução salina morna pelo maior número de dias possível após a cirurgia (tente ao menos 3 dias). Em outras palavras, deixe a ferida aberta para que cicatrize por segunda intenção. O pus caseado pode ser muitas vezes removido em uma peça só, como um molde do ouvido interno. As tartarugas d' água devem ficar em local seco até o término da cicatrização da cirurgia. Utilizar antibióticos no pós cirúrgico.

LIPOMA EM AVES




Lipomas são comuns em periquitos australianos e em cacatuas de peito rosa, mas podem ser vistos em qualquer espécie de ave. Lipomas se apresentam tipicamente como massas de tecido mole que vaira de amarelo-claro a escuro, sobre a extremidade ventral da quilha ou ventralmente á área celômica. Um lipossarcoma pode, ainda que raramente, apresentar uma aparência similar a de um lipoma. O diagnóstico é feito através de exame histopatológico por aspirado de agulha fina ou de uma biópsia. Recomenda-se fazer a ave perder peso com auxílio de uma dieta menos rica e de exercícios, nos casos em que  a ave esteja acima do peso e seja alimentada com uma dieta composta unicamente de sementes. Nos casos em que a massa interfira nas atividades da ave, é indicado cirurgia para remoção da mesma.

PROLAPSO DE CLOACA EM AVES



A cloaca é o ponto de terminação de 3 sistemas - o renal, o reprodutivo e o gastrointestinal. Prolapso, ou eversão da cloaca pode envolver qualquer um desses três sistemas. É normal que uma ave fêmea apresente um prolapso cloacal brando e temporário após oviposição, mas outros tipos de prolapso cloacal são anormais. As causas de prolapso cloacal incluem lesões papilomatosas, tenesmo (diarréia ou constipação), predisposição genética (cacatuas, papagaio cinzento) levando a um defeito da síntese de colágeno, uma irritação crônica da cloaca devido á masturbação, oviposição e atonia idiopática (em cacatuas). Outros tecidos podem estar prolapsados, incluindo o útero, que é muito vermelho, apresenta estrias longitudinais, e tem uma luz; e órgãos do trato gastrointestinal, tal como o cólon, que é liso e também possui uma luz. Uma lesão papilomatosa será vermelho rosado com uma superfície irregular. O tratamento é cirúrgico, com a redução do prolapso e fixação da cloaca através de sutura.

CISTO DE PENA EM CANÁRIOS



Uma massa firma encontrada geralmente no topo da asa, que consiste em uma pena encravada que continuou crescendo, enrolou-se e formou uma bola sob a pele. O folículo se apresenta muito distendido e inflamado sobre o cisto. Deve-se diferenciar a massa entre neoplasia e abscesso. A massa possui um aspecto típico e não se altera ao longo do tempo. O tratamento é cirúrgico e consiste em lancetar o folículo e remover o material de pena preso subcutaneamente. É importante não cauterizar o interior do folículo, já que isto pode traumatizar o folículo e levar á formação de futuros cistos de pena. O sangramento pode ser controlado por tamponamento, e o folículo pode ser deixado aberto para cicatrizar por segunda intenção.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

TUMORES EM TWISTER OU RATAZANA

Juntamente com as doenças respiratórias, os tumores são um dos mais comuns problemas de saúde e causa de morte em ratos , especialmente nas fêmeas. Existem dois tipos principais de tumores,  benignos e malignos.Os tumores benignos são quase sempre encapsulados em uma membrana e separados dos tecidos nas proximidades e, portanto, facilmente removidos por cirurgia.
Embora eles possam crescer tão rápido quanto os tumores malignos, eles não causam tanto dano e não causam metástase (disseminação para outras partes do corpo). Embora os tumores benignos geralmente não causem a morte imediata, um tumor pode crescer tanto, que o rato tem dificuldade para se movimentar e pode dificultar sua alimetação. A maioria dos ratos são submetidos à eutanásia antes de atingir esta fase, se o tumor não é removido.
Em contrapartida, os tumores malignos, também chamados de câncer, geralmente invadem e danificam os tecidos circundantes e causam metástase. A morte será causada pela falência dos órgãos danificados. Porque se entrelaçam tumores cancerosos com tecidos normais, a cirurgia é normalmente impossível em ratos. Na maioria dos casos, o câncer envolve os órgãos internos, e os sintomas muitas vezes não são vistos até que a doença esteja bastante avançada, a eutanásia é a única alternativa. Os sintomas do câncer podem incluir uma úlcera de pele, tumor ulcerado, ou hemorragia de um nódulo, uma distensão do abdômen, perda de peso e letargia. Felizmente, a maioria dos tumores são benignos em ratos.O tumor mais comum em ratos é um tumor mamário benigno, com a maioria destes sendo um fibroadenoma (Fibro-do tecido conjuntivo, aden-a partir de uma glândula, oma um tumor benigno.) Tumores mamários podem ser muito macios e liso, ou pode se sentir firme, às vezes até mais forte que a cartilagem. Como os tumores crescem tão rapidamente, uma parcela, por vezes, supera seu fornecimento de sangue, morrem e tornam-se necróticas e cheios de pus. Tumores mamários benignos são geralmente nódulos distintos sob a pele que podem ser movidos ligeiramente com os dedos. Em geral estes tumores tem porcentagem de 99% de serem benignos. Os locais mais comuns de tumores mamários estão nas axilas e na barriga e virilha,  porque os ratos do sexo feminino têm tecido mamário generalizado, eles podem ocorrer em qualquer parte do corpo. Quanto menor o tumor, mais fácil de ser removido. No entanto todos os tumores apresentam prognóstico cirúrgico.

SÍNDROME DE STRESS POR CALOR EM PORQUINHO DA ÍNDIA (PREÁ)

Os porquinhos da ìndia são animais que apresentam extrema sensibilidade ao calor. Estes animais parecem apresentar uma  falha no mecanismo de termorregulação que associada á ambientes muito quentes faz com que  a temperatura corpórea suba a um nível incompatível com a vida. Em geral animais expostos á uma temperatura ambiental acima de 28 graus Centígrados, umidade elevada acima de 70%, animais com pelagem longa, obesidade, falta de sombra no ambiente, ventilação insuficiente, água em quantidade insuficiente ou aquecida, superpopulação e estresse psicológico são fatores predisponentes para que o estresse por calor ocorra.
Os sinais clínicos gerais incluem hiperemia dos vasos periféricos, respiração acelerada, hipertermia (temperatura retal acima de 41 graus Centígrados), cianose, prostração e morte. Outros sintomas podem ser notados como sangue na boca e nariz, sialorréia (salivação intensa). Sinais neurológicos podem estar presentes e podem ser confundidos com toxemia de gestação, mas a cetose não esta presente. Porquinhos da Índia mantidos em ambiente externo podem desenvolver estresse pelo calor mesmo em temperaturas não tão elevadas (21 a 23,8 graus Centígrados). Os animais acometidos salivam bastante na tentativa de baixar a temperatura corpórea, apresentam respiração superficial, rápida, mucosas pálidas, elevada temperatura retal, coma, e morte.
Na necrópsia encontramos lesões induzidas pelo estresse térmico como hiperemia em vários tecidos, principalmente pulmões e parede intestinal.
O diagnóstico inicia-se pelo histórico de início agudo em ambientes aquecidos e ausência de evidência de cetose, doenças infecciosas ou tóxicas.